YAY! O Disney Friday voltou! Depois de um tempo adormecido (tudo bem, um bom tempo adormecido), ele está de volta! E sim, dessa vez é realmente de verdade, hehehe!
Continuando a ideia original, em duas sextas-feiras de cada mês, eu trarei um especial recheado de informações, curiosidades e minha opinião a respeito de um dos clássicos Disney.
No primeiro post da série você encontra para download um checklist incrível para marcar todos os filmes Disney assistidos. 😊
Continuando na nossa linha do tempo, hoje é dia de falar de um filme queridinho do pessoal que não aceita essa de virar adulto: Peter Pan!
Encontrei o mapa, agora só falta conseguir chegar lá 🙂
ALGUMAS CURIOSIDADES
Dizem por aí que Peter Pan era o personagem mais importante para Walt Disney. E tudo começou em sua infância! Assim como Harry Potter está para a minha geração, Peter Pan está para a geração de Walt. A clássica história inglesa era um sucesso entre as crianças e um dia Walt e seu irmão Roy convenceram seus pais a assistir uma peça de teatro que contava a história do menino que não queria crescer.
Anos mais tarde, Walt ainda interpretou Peter Pan em uma produção de sua escola! O mais engraçado é que Roy tivera que ficar puxando uma corda para fingir que seu irmão voava, hahaha!
É claro que essa paixão de Disney o levou a querer adquirir os direitos para transformar a famosa história em filme. Desde 1935 (anos antes do lançamento de Branca de Neve nos cinemas) ele vinha tentando adquirir os direitos da história e finalmente, em 1939, conseguiu fechar acordo com o hospital pediátrico Great Ormond Street (para quem J. M. Barrie havia deixado os direitos autorais da peça). Era hora de começar a colocar a mão na massa!
Então, se os direitos foram adquiridos em 1939, por que o filme só saiu em 1953? Por dois motivos: fazer uma Terra do Nunca extremamente realista e um Peter Pan voando era muito complicado na época e Walt buscava a perfeição. Além disso, a 2ª Guerra Mundial, que trouxe tantos problemas para os filmes da Disney, também causou o atraso da produção.
A produção voltou a todo vapor em 1949 e, assim como aconteceu com desenhos anteriores como Branca de Neve, Cinderela e Alice no País das Maravilhas, todo o filme foi gravado em estúdio, com atores de verdade, para que os animadores pudessem estudar os movimentos humanos.
O ator-mirim Bobby Driscoll, o queridinho da Disney na época, interpretou e emprestou sua voz ao Peter Pan; Kathryn Beaumont interpretou e emprestou sua voz à Wendy (ela também havia feito o mesmo com Alice); Hans Conried interpretou e emprestou sua voz ao Capitão Gancho; e, apesar de muitos acharem que Marilyn Monroe havia sido a inspiração para a Sininho, foi a atriz Margaret Gary que serviu de referência para a fada.
Outras curiosidades:
- O filme custou US$ 4 milhões, e arrecadou nos cinemas americanos US$ 87,4 milhões.
- Assim como aconteceu nas outras histórias, a adaptação de Peter Pan não foi totalmente fiel à história original. Em uma das versões, Naná (a cachorrinha babá) viajaria para a Terra do Nunca e seria a narradora da história. Já em outra versão, João não viajaria com os irmãos.
- A música “The Second Star to the Right” foi originalmente escrita para Alice no País das Maravilhas e chamada “Beyond the Laughing Sky”. Contudo, por limitações vocais de Kathyrin Beaumont, a canção foi reescrita e transferida para Peter Pan.
- Peter Pan foi um grande sucesso na época, e chegava a ser comparado a Cinderela (em relação ao dinheiro que estava trazendo ao estúdio). Mesmo assim, durante a produção Walt não ficou totalmente satisfeito com o desenvolvimento do personagem principal, indicando que havia características demais de Bobby Driscoll.
- Peter Pan tem uma representação racista dos indígenas. Eles são estereotipados e apresentados no filme como selvagens, sendo tradados de forma inferior. Atualmente, a Disney colocou em sua plataforma de streaming Disney+ a seguinte informação: “Este programa é apresentado como originalmente criado. Pode conter representações culturais desatualizadas.”.
- Foi o último filme distribuído pela RKO. Após Peter Pan, Walt fundou sua própria distribuidora, a Buena Vista.
- Por fim, por conta do sucesso e vontade de Walt, Peter Pan foi inspiração para um dos brinquedos da Disneyland, que abriu dois anos depois do lançamento do filme, em 1955. Peter Pan’s Flight é um dos únicos brinquedos originais que existe até hoje e você também o encontra em outros parques. Aliás, não importa o parque, as filas são sempre gigantes!
Em 2002 foi lançado “Peter Pan – De Volta a Terra do Nunca”, que conta a história de Jane, filha de Wendy. No entanto, não é considerado um filme clássico (lembre-se que os filmes tidos como ‘clássicos’ são esses que estão na checklist).
Além disso, a personagem Sininho ganhou bastante destaque nos últimos anos, e agora possui sua própria série de filmes animados. Inclusive, agora é conhecida pelo seu nome original, Tinkerbell. Por isso, se você falar “Sininho”, saiba que está entregando a idade, hahaha!
O QUE EU ACHEI
É um pouquinho difícil falar de Peter Pan. Apesar de ser uma história que muita gente ama desde criança, não é exatamente o meu caso. Eu não lembro de ter assistido o filme quando pequena, apesar de conhecer a história inteira.
Aliás, essa é uma característica de todos os clássicos Disney, né? Não importa se você não viu antes, é fato que acaba conhecendo a história mesmo assim.
Se você nunca assistiu ao filme, pode ter conhecido através da atração dos parques da Disney (que, aliás, recomendo demais, é muito fofa e legal!), pode ter visto em Once Upon a Time ou a mãe contou a história antes de dormir durante sua infância. Seja por onde for, é impossível nunca ter ouvido falar da história do menino que não queria crescer, que levou três irmãos Londrinos para a Terra do Nunca, local que ninguém vira adulto, e que é perseguido por um pirata que perdeu uma das mãos e colocou um gancho no lugar. Todo mundo conhece!
É um clássico, tanto da literatura quanto do cinema.
Peter Pan é um filme esteticamente muito bonito, com ação, aventura, personagens carismáticos e interessantes. É um excelente passatempo, que toda a família pode assistir.
Inclusive, é muito legal como quando você assiste esses clássicos quando adulto, pois consegue pescar informações que não entenderia quando criança. E a história do menino que não quer crescer contém justamente isso, a ideia de virar adulto. Mostra aquele momento que as crianças começam a crescer e deixar para trás o lado da inocência, principalmente ao nos entregar uma personagem que está entrando em sua adolescência e deixando a infância para trás.
Aliás, Wendy tem uma das melhores falas do desenho:
“Mas mãe, eu não quero crescer!”
Isso mesmo, Wendy. Não cresça. A vida adulta é uma armadilha. É muito boleto para pagar, hahahaha!
Apesar de ser uma história bem legal, é impossível deixar de comentar sobre o grande problema de Peter Pan: a caracterização dos índios. Conforme colocado até pela Disney, essa representação é, infelizmente, o que era pensado na época. Acredito que, se você vai apresentar o filme para crianças, vale a pena incluir aí o debate de como isso é racismo e que não se deve pensar e julgar dessa forma.
Tirando isso, tenho só a comentar sobre como o Peter Pan é um personagem um pouco “malvadinho”. Não diria que é o melhor modelo para as crianças, hahahaha!
Por fim, a cena que eles param no Big Ben se tornou uma das minhas cenas favoritas de todos os desenhos animados. Toda a retratação de Londres é muito bonita.
Peter Pan é uma história que merece ser assistida. Principalmente porque continua a inspirar adaptações e crianças até os dias de hoje.
