YAY! O Disney Friday voltou! Depois de um tempo adormecido (tudo bem, um bom tempo adormecido), ele está de volta!

Continuando a ideia original, em duas sextas-feiras de cada mês, eu trarei um especial recheado de informações, curiosidades e minha opinião a respeito de um dos clássicos Disney.

No primeiro post da série você encontra para download um checklist incrível para marcar todos os filmes Disney assistidos. 😊

Continuando na nossa linha do tempo, hoje é dia de falar de um filme meio doido: Alice no País das Maravilhas!

ALGUMAS CURIOSIDADES

Começo esse texto dizendo o que você provavelmente já sabe: Alice no País das Maravilhas é, originalmente, um livro escrito pelo autor Lewis Carroll e um clássico da literatura britânica. Bem, na verdade, são DOIS livros: “Alice no País das Maravilhas” (lançado em 1865) e “Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá” (lançado em 1871).

Como aqui trato exclusivamente do filme dos Estúdios Disney, não comentarei a respeito de Lewis Carroll, mas todos sabemos que sua relação com a pequena Alice (a inspiração para a história) é complexa, certo? Existem muitos artigos na internet que comentam o assunto, recomendo a leitura caso queira se aprofundar.

Já em relação ao nosso querido Walt Disney, ele sempre quis fazer um filme contando a história de Alice. Lá nos anos 20 ele produziu uma série chamada “Alice Comedies”, levemente inspirada na história de Carroll, no qual uma pequena atriz se misturava aos desenhos animados.

Após o fim da série, Walt começou a pensar no longa-metragem, discutindo a ideia pela primeira vez em 1933. Mas só em 1938, enquanto Branca de Neve fazia sucesso nos cinemas, Roy Disney (o irmão de Walt) foi até a Europa e fechou um contrato pela cessão dos direitos da história de Lewis Carroll e das ilustrações de Sir John Tenniel. Lembra que lá atrás, em 1940, o livro Alice no País das Maravilhas já aparecia na cena inicial de Pinóquio? 😊

Só depois do fim da guerra e do sucesso do filme “A Canção do Sul” (não muito conhecido nos dias de hoje, pois foi altamente criticado por racismo – a atração Splash Mountain dos parques Disney foi inspirada em seus personagens), que a produção do filme voltou a acontecer.

A produção de Alice no País das Maravilhas foi uma das mais difíceis para Walt. Foram designados diversos roteiristas para o filme (incluindo aí Aldous Huxley – o famoso autor de Admirável Mundo Novo, que acabou não durando muito), mas parecia que a história não chegava aonde ele queria. Os roteiristas e o próprio Walt sentiam que Alice não tinha personalidade e o Sr. Disney chegou a admitir que faltava emoção no filme.

Sem contar a adaptação das ilustrações de John Tenniel, já famosérrimas na época. Walt decidiu por uma história mais alegre, com traços coloridos e que iam totalmente ao contrário do trabalho original, o que irritou os críticos ingleses, que indicaram que Walt tentou americanizar um clássico inglês.

Resumindo: foi um filme bem complicado de ser adaptado (não atendeu as expectativas de seus criadores) e isso foi sentido nas duras críticas recebidas na época de seu lançamento, em 1951, e no fracasso de bilheteria.

Apesar disso, nos anos 70 o filme foi relançado nos cinemas e atingiu o patamar de clássico, que tem até os dias de hoje.

Outras curiosidades:

• No início, Walt queria faz um filme misturando atores e desenho animado. A ideia foi descartada e decidiu-se que ele seria inteiramente animado;
• É considerado o último trabalho supervisionado por Walt Disney;
• O tempo total de produção de Alice no País das Maravilhas foi de cinco anos;
• O filme custou 3 milhões de dólares e arrecadou, em sua primeira distribuição, “apenas” 2 milhões;
• Na abertura do filme o nome de Lewis foi escrito errado. Ficou faltando um “L” em seu sobrenome;

• O filme é baseado nos dois livros de Lewis Carroll, misturando personagens de ambas as histórias;
• A origem do nome do Chapeleiro Louco vem do ditado inglês “Mad as a hatter” (louco como um chapeleiro). Isso porque mercúrio era utilizado para produzir chapéus (lá no século XIX), e seu uso tinha vários efeitos colaterais, que também eram associados à loucura;
• Foi feita uma versão em filme com atores, para que os desenhistas pudessem observar os movimentos dos atores e os desenhar da maneira mais realista possível;

E O QUE EU ACHEI?

Tenho que começar essa minha pequena resenha dizendo que: eu li o livro original e meu Deus que sofrimento que foi, hahaha!

A história é longa e não te leva a lugar nenhum. Os personagens são muito doidos e parece que as cenas apresentadas não fazem o menor sentido e não se conectam. Talvez esse tenha sido o objetivo de Lewis Carroll, como uma espécie de sonho mesmo, que tem cenas desconexas, mas sei lá.

Sem contar os milhares de poemas que aparecem no meio da história e você fica com cara de interrogação enquanto lê. Pra mim não rolou. Comecei a ler Através do Espelho e ele parece ser melhor estruturado, mas tá difícil também hehe.

Assisti Alice no País das Maravilhas pela primeira vez há muito tempo atrás. Eu deveria ter uns cinco anos de idade e lembro claramente de estar na sala, assistindo a cena que ela dança com os peixes para se secar. Desde então, nunca dei muita bola porque sempre achei a história meio louca.

Quer dizer, assisti ao live action e gostei bastante, mas não diria que os filmes da Alice estão no meu hall “filmes que merecem ser vistos sempre”. Não me entenda mal, eu gosto muito da história num geral: garota que vai parar um mundo maluco, com personagens doidos e que vive grandes aventuras. Mas acho que passei um pouco da implicância que tive com o livro para o filme. Achei que muitas cenas também não se conectam, o que não acredito que funcione para as telonas.

Tirando isso, gosto muito do visual e dos personagens do filme. Muito colorido, com personagens icônicos e citações que falamos de vez em quando. Todo dia 13 eu falo que é o meu desaniversário (apesar de ter aprendido que desaniversário é todo dia que não é o seu aniversário, hahaha) e de vez em quando brinco com “cortem-lhe a cabeçaaaa”. Já até me fantasiei de rainha de copas em um Halloween! E sem contar o gato de cheshire e sua icônica frase “we’re all mad here”.

Não tem como negar que Alice no País das Maravilhas é um clássico e tem seu lugar ao sol no mundo pop. É aquele tipo de filme que você precisa assistir pelo menos uma vez e tirar suas próprias conclusões. No meu caso, talvez deixe mais uns 22 anos na geladeira antes de assistir novamente, hehe. 😂

Mas e você? Gosta da história da pequena Alice? É o seu filme favorito? Me conta nos comentários e até a próxima Disney Friday! 😊