Oba! Hoje é dia de mais uma Disney Friday aqui no Dani Que Disse! Como eu contei para vocês lá no primeiro post, em duas sextas-feiras de cada mês, eu trarei um especial recheado de informações, curiosidades e minha opinião a respeito de um dos clássicos Disney.

É também neste mesmo post que você poderá baixar uma checklist incrível para marcar todos os filmes Disney assistidos.

Que Walt Disney gostava de fazer coisas diferentes, a gente já sabe. Afinal, ele lançou em 1937 um filme de desenho animado, coisa que ninguém havia feito antes. Ele se jogou ao desconhecido de braços abertos. O Sr. Disney resolveu fazer a mesma coisa em 1940, ao lançar o filme “Fantasia” nos cinemas.

ALGUMAS CURIOSIDADES

Fantasia é o terceiro filme animado lançado pelos estúdios Disney. Ele é diferente das duas animações anteriores, pois consiste em oito segmentos animados separados, que são acompanhados por famosas músicas clássicas.

Ou seja, pense como oito curtas, cada um com sua própria música, que foram colocados juntos em um filme. As famosas composições clássicas que estão em “Fantasia” são:“Toccataand Fugue in D Minor”, de Johann Sebastian Bach, “The Nutcracker Suite”, de Peter Llich Tchaikovsky, “The Sorcerer’s Apprentice”, de Paul Dukas, “Rite of Spring”, de Igor Stravinsky, “Symphony No. 6”, de Ludwing Van Beethoven (na história “The Pastoral Symphony”), “Dance of the Hours”, de AlmicarePonchielli, “A Night on Bald Mountain”, de Modest Mussorgsky e “Ave Maria”, de Franz Schubert.

Inicialmente, Walt Disney só queria produzir um curta-metragem do segmento “O Aprendiz de Feiticeiro”, no qual temos a famosa história com o Mickey vestido de feiticeiro. Mas, como os custos seriam enormes para fazer algo tão pequeno, Walt aceitou o conselho de Leopold Stokowski (o maestro que conduziu as músicas clássicas, interpretadas pela Orquestra da Filadélfia), para que fizesse um longa-metragem composto por diversos curtas nesse mesmo estilo.

E daí surgiu “Fantasia”. O Sr. Disney pensava em lançá-lo anualmente nos cinemas, misturando segmentos novos com antigos. Mas acabou que isso custaria muito dinheiro e ele abandonou a ideia.

Aliás, “Fantasia” foi o primeiro fracasso de Walt Disney nos cinemas. Isso porque os críticos não compraram a ideia do filme, dizendo que era pretensioso e monótono, o que fez os espectadores não assistirem. Sem contar a Segunda Guerra Mundial, que fez a Disney perder a maior parte dos lucros no exterior.

Walt Disney com o Prêmio Irving Thalberg

Mesmo assim, em 1942, Walt Disney ganhou dois Oscar honorários por conta do trabalho inovador realizado no filme. Um deles pela criação do sistema Fantasound (uma maneira pioneira de reproduzir o som, criado especialmente para o filme). Já o outro, foi o Prêmio Irving Thalberg, que é entregue a pessoas cujos trabalhos refletem em uma alta qualidade na produção de filmes.

Algumas outras curiosidades:

• “Fantasia” é o primeiro filme em que Mickey Mouse possui olhos com pupilas;
• O nome do feiticeiro do segmento “O Aprendiz de Feiticeiro” é Yen Sid, que é o nome Disney escrito ao contrário;
• A partir dos anos 1960, “Fantasia” começou a ser mais reconhecido e melhor aceito pelo público;
• Seu VHS, quando lançado em 1990, se tornou um dos mais vendidos de todos os tempos;
• Em 2000, o sobrinho de Walt Disney (Roy E. Disney), coproduziu a única sequência lançada oficialmente: “Fantasia 2000”.

E O QUE EU ACHEI?

Assistir à “Fantasia” foi uma experiência interessante. Além de ser um filme bem diferente de qualquer outro que eu já tenha visto, consegui reconhecer vários de seus personagens que já cruzaram comigo com o passar dos anos. Acredito que o mesmo também acontecerá com você!

Como expliquei anteriormente, o filme é dividido em oito segmentos diferentes e cada um deles tem uma história e uma música.

A mais conhecida de todas é a do Mickey Feiticeiro (que foi a que eu mais gostei, aliás). Quem nunca viu uma imagem do ratinho vestindo um robe vermelho e o chapéu azul? Mesmo não aparecendo em filmes atuais, essa imagem é bem explorada até hoje.

Para quem não conhece, o curta apresenta Mickey como aprendiz do feiticeiro Yen Sid. Ele precisa encher um caldeirão com água, mas não quer fazer o trabalho e ainda quer mexer com mágica antes da hora. Então rouba o chapéu mágico de seu mestre e dá vida à uma vassoura, para que ela encha sozinha o caldeirão. É claro que isso resulta em problema, porque ele não sabe como fazer a vassoura parar.

E, assim como tudo que a Disney faz, fica a lição de que ser ambicioso demais e buscar maneiras fáceis para fazer um trabalho, ou seja, sem trabalhar duro, nunca dá certo. 😉

“Fantasia” tem como um de seus pontos positivos a forma como a equipe de Walt Disney juntou as músicas clássicas às imagens. Ficou bem bonito e você consegue perceber como cada imagem se encaixa perfeitamente ao ritmo das canções.

Acho que esse é o grande trunfo do filme. A inovação que trouxe para os longas animados, como novas maneiras de gravar o som. Mas é isso.

Arrisco dizer que “Fantasia” não é um filme para todo mundo. Por possuir segmentos longos, com histórias que se desenrolam sem conversa, tendo nas apresentações de cada curta a única parte falada, muita gente não vai gostar e vai parar de assistir pela metade.

As ideias de cada um dos curtas era bem interessante. Mas, para mim, a coisa só funcionaria para todo o público, se apelasse para personagens mais conhecidos (como aconteceu com o Mickey) ou para histórias bonitinhas e vibrantes (como o segmento passado no Monte Olimpo).

Confesso que não pretendo assistir “Fantasia” novamente. Conseguiria ver de novo apenas em blocos separados, pois achei cansativo demais para ver “de uma tacada só”.

Então fica a dica para você que está olhando torto para “Fantasia”: veja aos poucos e depois venha comentar comigo o que achou! 🙂

E aí, pretende assistir? Já assistiu? Me conta o que achou nos comentários!